MAIS MÉDICOS, MENOS DEPUTADOS

Os médicos erraram no alvo do protesto, isso dividiu um pouco o debate popular. Agora vamos pensar no que une tanto os que protestaram contra, quanto os que a favor, da vinda do programa mais médicos.

 

Todos nós concordamos que o governo não tem muita moral para interferir numa classe altamente especializada e ferir seu orgulho, quando não olha para o próprio nariz, por exemplo quando vemos o deputado Natan Donadon de Roraima, condenado e preso, tendo seu mandato mantido pela votação secreta do Congresso.

 

(Mais informações sobre o caso Donadon)

 

A Câmara não está ouvindo nem os protestos dos médicos, nem o da massa da população brasileira. A população brasileira enquanto isso, tá polarizando o discurso direita X esquerda numa paranóia auto-destrutiva.

 

Está claro que o atual governo não responde nem aos anseios da direita, nem aos da esquerda.  Também não há um substituto claro no horizonte da transformação. Os nomes e as situações levantadas pelo discurso direita X esquerda não ganham força majoritária. Não há líderes.

 

A divisão do discurso leva ao impasse do “próximo passo”. Temos consenso sobre alguns pontos: o Congresso não compassa com a sociedade. O fim do voto secreto dos deputados volta ao debate. A falta de vergonha na cara é comprovada pelo resultado da manutenção do deputado Donadon, mesmo preso, na cadeia.

 

Outros condenados ocupam cadeira na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

 

O Supremo e o Executivo não querem, ou não podem, sanar essa instituição?

 

Enquanto isso a população se divide em uma importante “picuinha”, que é essa dos médicos e o da armadilha da polarização do discurso.

 

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